sábado, março 14, 2009

Este ano meu carnaval não foi igual àquele que passou


Não sei explicar exatamente porquê, mas este ano eu não fiquei pilhado com o carnaval. Fosse uns anos atrás, eu ficaria completamente algariado, com as letras dos sambas enredo na ponta da língua, vontade de ir a tudo quanto era ensaio nas escolas daqui e não perder um só segundo das transmissões dos desfiles do Rio de Janeiro.

Este ano, não. Depois da frustração de não ter sido chamado pela rádio para comentar o carnaval, fiquei realmente inclinado a ficar alheio da folia, aventando até, quem sabe passar o período de carnaval fora de Porto Alegre. Curtir o feriadão na praia até que não seria má ideia. Mas a dois ou três dias dos desfiles daqui de Porto Alegre, recebi um convite da AECPARS (Associação das Entidades Carnavalescas) para integrar o júri do Estandarte de Ouro. 

Completamente sem grana para ir à praia e sentindo uma comichãozinha para novamente ir até o Complexo do Porto Seco, aceitei ser jurado e passar as três noites de desfiles no sambódromo. Aí, aproveitava e fazia a cobertura da festa para o Kazumba. Mas cá, pra nós, comentar desfiles de carnaval para uma rádio ou tevê é tudo de bom. Azar da Guaíba, que perdeu ao não chamar a mim nem ao meu parceiro Paulo Filandro, depois de três anos comentando carnaval para eles, sendo que os dois primeiros anos não rolou 1 só centavo de cachê.

Ah, falando em não receber 1 único centavo, ser jurado do Estandarte de Ouro também não dá direito a muita regalia não. Cachê (ou ajuda de custo, se preferirem) não rolou, nem para a gasosa pro Brisamóvel se deslocar 16 km ida e volta no trajeto minha casa-Porto Seco. Janta, muito menos. A única coisa que tive direito foi ter acesso a um freezer com água mineral e refrigerantes. Só para me "vingar", aproveitei o calor que fez nas três noites e mandei ver nas garrafinhas d'água e nos refris hehehe. Ao final dos desfiles, nem um "muito obrigado, Gerson". Fazer o quê, né?

O pessoal que veio a peso de ouro do Rio de Janeiro para julgar o carnaval daqui, também estava desgostoso porque queriam mais mordomias do que simplesmente hospedagem em hotéis 5 estrelas, passagens de avião e alimentação. Um dos julgadores ficou de cara porque não tinha cafezinho para os avaliadores depois da janta. Achei engraçado, porque me lembrei deste fato quando, ao acompanhar a apuração dos resultados, o dito cujo resolveu não avaliar e deu nota 10, em seu respectivo quesito, para todas as escolas.

Agora em abril, haverá a cerimônia de entrega do prêmio aos vencedores do Estandarte de Ouro. Tomara que a AECPARS se lembre de me convidar novamente. Pelo menos para assistir a soleniade, nem que seja em pé mesmo...

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