quarta-feira, junho 25, 2008

Obrigado, Dudu



Eu costumo dizer que, como jornalista, eu gosto muito do que faço. No entanto, nem sempre eu faço o que quero.

Mas, ontem foi um dia especial. Motivador. Um aluno do IPA, portador de paralisia cerebral, mostrando determinação e superação dos obstáculos naturais, defendeu sua monografia no curso de Jornalismo. Mandamos releases para a imprensa e a notícia bombou, com repercussão no país inteiro através dos telejornais, sites noticiosos (Terra, G1, UOL)e também foi capa da Zero Hora do dia de hoje. Foi até matéria que encerrou a edição do Jornal Nacional (o sonho de quem é assessorado por jornalistas). Com direito até a lágrimas e voz embargada da Fátima Bernardes.

A cada aparição do jovem Eduardo Purper na tevê ou na internet, nós, a equipe da Assessoria, comemorávamos como se tivéssemos feito um gol. E, na verdade, foi. Um gol de placa. Principalmente do Dudu, que nos fez trabalhar no pré e no pós evento de maneira apaixonada e felizes por vermos concretizado o fruto do nosso trabalho.

Sem dúvida, um golaço. É isso aí, Dudu. Muito obrigado.

terça-feira, junho 17, 2008

Jamelão, meu parente



Ao receber a notícia da morte do cantor Jamelão (1913-2008) eu senti como se eu tivesse perdido um parente querido. Explico: eu me criei, desde pequeno, escutando a voz tronitroante do sr. José Bispo Clementino dos Santos, através dos discos que o meu pai tinha. E o pai (ardoroso fã) gostava de cantar as mesmas músicas imitando o timbre de voz do Jamela. Além de ouvir o fino da dor-de-cotovelo (Lupicínio Rodrigues, Lúcio Cardim e Ari Barroso, entre outros), eu também curtia aquela voz que entoava os sambas da Estação Primeira de Mangueira.
Ou seja, a voz de Jamelão estava permanentemente presente em nossa casa. Era como se fosse o irmão mais velho do meu pai. Ambos torciam pelas cores verde e rosa. No futebol, o pai era flamenguista roxo, e Jamelão, vascaíno de vestir camisa. Mas este último detalhe pouco importava.

Uma das minhas grandes frustrações foi não ter conseguido conhecer pessoalmente o Jamelão. E por duas vezes, na época em que eu trabalhava na Rede Bandeirantes, eu QUASE consegui.
Na primeira, lá pelos idos de 1997, eu apresentava um programa de carnaval na Band AM, aos sábados, e o Jamelão estaria em Porto Alegre naquele dia. Rolou o boato de que o Jamelão poderia visitar os estúdios da rádio, pois um dos outros apresentadores do programa garantiu que o velho intérprete apareceria. Que nada! Fiquei quatro horas no ar e nada do Seu José Bispo aparecer.

Na outra vez, em 2000, Jamelão veio a POA inaugurar a boate Se Acaso Você Chegasse, de propriedade do filho de Lupcínio. Como todos sabem, Jamelão foi o intérprete maior das músicas de Lupi. Só que o show de inauguração aconteceria na noite de uma quinta-feira, e o programa que eu trabalhava, chamado Manhã Bandeirantes, ia ao ar das 9h30 às 11h e o cantor só chegaria na cidade durante a tarde. Putz!

Depois disso, as vindas de Jamelão a POA passaram a ser mais escassas, eu saí da rádio e não tive mais oportunidade, profissionalmente, de ter contato com o cantor. Na semana em que meu pai morreu, Jamelão estava completando 90 anos. O aniversário do cantor aconteceu no dia 12 de maio e meu pai fez a passagem quatro dias depois. E, no hospital, eu lembro de ter falado pro meu pai sobre o aniversário do Jamelão. E eu tinha visto, dias antes, o CD "Cada vez melhor", que era o mais recente lançamento. Pensei em comprar, gravar numa fitinha k-7 e entregar para o pai escutar no hospital. Infelizmente, não deu tempo...

Mas eu me lembro a primeira vez que eu vi o Jamelão. Eu tinha uns 5, 6 anos, e ele pôs o auditório Araújo Vianna inteiro pra gingar com o samba enredo da Mangueira naquele carnaval: "oba-ba, oba oba-bá/ é a Mãe do Ouro/ que vem nos salvar".

Para quem gosta, aí vai um link do disco "Jamelão interpreta Lupicínio Rodrigues", gravado em 1972, extraído do blog Cápsula da Cultura. Siga em paz, velho mestre!




* Para baixar o arquivo é só clicar no link (não se preocupe, não é vírus). Vai abrir uma página, depois, é clicar onde diz "star the download". Aí é só escolher entre abrir o arquivo (que virá zipado) ou salvar em alguma pasta do pc.


segunda-feira, junho 16, 2008

Coisa estranha


É muito estranho para um torcedor gremista ver o técnico Adenor Bachi, o Tite, fardado de colorado.

O treinador, responsável pela penúltima boa fase do clube (a última boa fase foi vivida até o final do ano passado, com Mano Menezes), é um excelente profissional que até hoje os tricolores suspiram de saudade. Digamos que Tite, Mano e Felipão formam uma espécie de "santíssima trindade" entre os treinadores que marcaram época no estádio Olímpico nos últimos 15 anos.
Estranho, muito estranho.