terça-feira, abril 03, 2007

Minha teimosia brava de guerreiro

Raul Seixas já cantava...

Minha teimosia brava de guerreiro
É que me faz o primeiro
Dessa procissão
Abre-te, Sésamo (1980)

Decidi voltar a estudar. Pós-graduação, mestrado, especialização... Notei que estava esperando demais e que isso é preciso. Não rechaço a idéia de voltar aos bancos escolares, talvez agora na frente de um quadro-negro e escrevendo com um giz.

Fiz a inscrição para a prova de admissão do mestrado na Fabico em outubro de 2002. A prova estava marcada para os primeiros dias de janeiro de 2003. Por azar, meu pai se internou no hospital um ou dois dias antes da prova. Com que cabeça eu iria fazer o exame? Logo em seguida, fui trabalhar no Palácio Piratini e a coisa mais extravagante que eu tive nos quatro anos seguintes foi exatamente o tempo. Não havia tempo para eu desligar totalmente do ofício.

Eu me sentia muito sozinho no trabalho, sem ninguém para trocar idéias, me entender e me queixar, e ainda por cima, me deram o presente de grego de coordenar o estúdio de rádio do Palácio Piratini por um salário risível... Uma verdadeira bomba, um pepinão e um abacaxizão! Mesmo que eu quisesse, não daria para entrar na pós. Até porque a gente tem que estudar pra caramba e o que eu mais queria era descansar e não fazer nada no meu tempo livre. Isso sem falar que eu tive que renunciar um monte de coisas e não tinha horário definido para trabalhar. Minha jornada era de 12, 13, 14 horas. Fora as viagens que eu fazia acompanhando a comitiva do governador, principalmente nos três primeiros anos de governo. era um tempo que eu só executava ordens, só fazia o que me mandavam, reproduzia e muito pouco conseguia usar a criatividade. Foi um período engessado, me senti castrado e tudo. Passou.

Agora é tocar ficha em frente. Rumo para o futuro. Assim seja.

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