segunda-feira, setembro 25, 2006

Porque é proibido pisar na grama

Volta e meia eu escuto essa música do Jorge Ben Jor na Rádio Ipanema FM. O Alemão Vitor sempre programa esse som maravilhoso. Esta música está no disco "Negro é lindo", de 1971. E acho que é bem a minha cara.

Porque é proibido pisar na grama

Acordei com uma vontade de saber como eu ia
E como ia meu mundo
Descobri que além de ser um anjo eu tenho cinco inimigos
Preciso de uma casa para minha velhice
Porém preciso de dinheiro pra fazer investimentos
Preciso às vezes ser durão
Pois eu sou muito sentimental meu amor
Preciso falar com alguém que precise de alguém
Prá falar também
Preciso mandar um cartão postal para o exterior
Prá meu amigo Big Joney
Preciso falar com aquela menina de rosa
Pois preciso de inspiração
Preciso ver uma vitória do meu time
Se for possível vê-lo campeão
Preciso ter fé em Deus
E me cuidar e olhar minha família
Preciso de carinho pois eu quero ser compreendido
Preciso saber que dia e hora ela passa por aqui
E se ela ainda gosta de mim
Preciso saber urgentemente
Porque é proibido pisar na grama

http://rapidshare.de/files/34434982/Jorge_Ben_Jor_-_Porque___Proibido_Pisar_Na_Grama.mp3.html

Mazahhhhh...



Dia 20 de Setembro é o dia do carnaval dos gaúchos.

Como o pessoal daqui se manda para o litoral ou para Santa Catarina durante o tríduo de Momo, o tal do 20 de Setembro é a data aclamada para manifestar o orgulho pela terra. É dia de se fantasiar de gaúcho. É dia de vestir bombachas, amarrar um lenço no pescoço, tomar chimarrão, beber trago, arriscar uns passos de chula, vanera ou xote, falar o mais legítmo palavreado taura e, se for possível, até tentar subir no lombo de um tordilho.

Não tenho nada contra (eu até me sinto comovido ao ver tanta paixão que o pessoal demonstra ao comemorar a Revolução Farropilha, que, na real, foi uma guerra perdida), mas eu não me sinto menos gaúcho por não freqüentar aquele acampamento embarrado lá no Parque da Harmonia nem por não saber montar a cavalo - um bicho cuja manutenção acaba sendo mais cara do que a de um automóvel.

E o dia 20 foi um dia loooongo pra mim. Começou na noite do dia 19, já que a Lê estava de aniversário na quarta e, junto com amigos, fomos comemorar o cumpleaños da minha namorada no Dublin Irish Pub, na Calçada da Fama. Ficamos lá até umas 3 da manhã. Fui dormir às 4 e às 7:40 já estava de pé. Às 8:30 eu estava bonitinho lá na cabine montada junto ao palanque oficial da Avenida Perimetral para transmitir o Desfile Farroupilha junto com a galera lá do estúdio de rádio do Palácio. Conduzi a primeira parte da transmissão, narrando o desfile cívico-militar. E a chuva começou a cair forte no meio da manhã durante o desfile temático. A transmissão acabou pouco depois do meio-dia.

Voltei pra casa da Lê, almocei com a família dela e cochilei um pouco. Mas a missão do dia ainda não tinha acabado por aí. O despertador do celular tocou às 15:30. Hora de levantar e dar uma de militante. Os CCs do Palácio foram "convidados" a ajudar o pessoal da campanha no comitê central. Fui lá e passei algumas horas agradáveis enrolando bandeiras de plásticos com cordinhas de elástico e grampeando pano nos paus das bandeiras. Uma maneira bem legal de fazer a higiene mental. Pelo menos escutei no radinho a vitória do tricolor por 4 a 0 em cima da Ponte Preta.

E em homenagem ao Vinte de Setembro, o precursor da liberdade, tem esse videozinho que está no You Tube que é um sarro.

http://www.youtube.com/watch?v=vNyVrexNzJQ

sábado, setembro 16, 2006

Time is on my side

Ter um tempo só pra gente é preciso. Mais do que isso: é IMPRESCINDÍVEL!!! Estou há dias querendo marcar consulta médica e não consigo. Estou há dias querendo cortar o cabelo e não consigo. Estou há dias querendo pagar um carnê de loja e não consigo. Estou há dias precisando comprar uma roupa e não consigo. Estou há dias tentando ver quais são os problemas que prejudicam o meu carro e não consigo. Que sufoco!

Sempre tem coisas mais urgentes para fazer no trabalho. Chego de manhã cedo no trabalho. Saio de lá já praticamente de noite e a Lê quer atenção (e ai de mim se não der). Só vou chegar em casa depois das 10 da noite. Cansado, podre e não poucas vezes irritado. É frustrante querer fazer coisas e não conseguir executá-las.

Só ao chegar em casa tarde da noite é que eu vou "tirar o meu dia do corpo", tomar um belo dum banho - quase um ato de exorcismo -, ter direito de ler alguma coisa que me agrade, ouvir uma música que me agrade, assistir pela tevê um programa que me agrade, jantar e ler uns e-mails. No entanto, quando eu olho pro relógio levo um susto: já passou da meia-noite, é quase uma da manhã, e antes que querer ir dormir já tenho que pensar que horas terei que acordar. Se cedo ou mais cedo ainda. Afinal, eu me pergunto: qual é o tempo que eu tenho pra mim?

É tão pouco tempo que eu até me admiro em ter arranjado estes minutos para escrever este texto.

Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada...ye-yeah

Estamos a exatos três domingos das eleições. O horário eleitoral gratuito em rádio e tevê já está a todo vapor e é o mesmo bla-bla-blá de sempre. Os caras fazem promessas mirabolantes, se xingam, mentem oceanicamente e fica sempre a "lesma lerda".

E entre os termos favoritos de Suas Excelências, os Candidatos estão os manjados e ultradesgastados cidadania, justiça social, geração de emprego e renda, democracia, inclusão social, entre outros. E dê-lhe mensalões, sanguessugas, aviões luxuosos e outras falcatruas. E o povo? Ah, o povo...

O povo que se lixe, madrugando nos postos de saúde pra conseguir uma ficha para consulta. Que se lixe com a avalanche de impostos que lhe são impostos (perdoem-me a "redundância pleonástica" hehehe). Que se lixem os professores com seus baixos salários. Que se lixe a nossa (in)segurança pública.

Todas as ideologias e tendências políticas já se alternaram no Município, no Estado e no País. E continuamos tão Terceiro Mundo quanto antes. E com acesso garantido pro Quarto Mundo. Não levo fé nenhuma em nada, mas dia 1º de outubro está aí. É dia de saudarmos a Festa da Democracia. E torcer para que não choremos nos próximos quatro anos.

Muuuuuuuuuu

Só pra deixar registrado que até que gostei de trabalhar na Expointer deste ano. E olha que não teve assim nada de especial. Fluiu bem... sei lá.

E olha que eu só vou para lá porque "tem que". E já são seis anos seguidos que eu vou pro Parque de Esteio. Nos anos anteriores eu amaldiçoava o lugar dizendo que seriam oito dias que pareceriam oito meses, que eu odiaria pisar nas bostas das vacas e passar escutando gauderian music o tempo inteiro. Fora o estresse de ter que manter o olho no relógio para sair do parque até às 19h e estar em Porto Alegre antes das 20h pra não ter o desprazer de encontrar fechada a garagem em que eu guardo o carro. Putz, uma garagem que cerra as portas às oito da noite. É fantástico, mas é verdade.

E dê-lhe almoçar carne todo dia. É bom, mas desde que terminou a feira, estou preferindo comer peixes e frangos. Quero manter o organismo saudável e mirar lá na frente, afinal, o verão é logo ali, daqui a três meses.

De luto, mas com belas lembranças

Fiquei perplexo com a notícia. Eu estava voltando da casa da Lê no domingo (10) à noite quando a Lu Medeiros me liga:

- Brisa, tu tá dirigindo?

Respondi que sim, que ela poderia falar, pois apesar de estar dirigindo, onde eu estava praticamente não tinha movimento na rua. Acertadamente, a Lu pede:

- Ah, não Brisa! Ou pára o carro ou tu me liga quando chegares.

Como eu fico muito ansioso em querer saber das notícias e não gosto dessas coisas de "depois a gente conversa", encostei o carro:

- Pronto, Lu. Pode falar.

- Brisa, o Luciano Bauermann faleceu.

Foi como se eu tivesse recebido uma porrada. Puxa, o Alemão? Mas assim, no mais? Eu fiquei sabendo umas semanas antes que ele estava internado com pneumonia lá em Fortaleza, onde ele estava morando há dois anos, já que estava fazendo mestrado em Economia. E agora esta notícia...Putz!

O Luciano que eu conheci era irriquieto, esparrento, "meio" atrapalhado, engraçado e com uma excelente índole.Quem trabalhou na Band lá pelos idos de 1995-97 se lembra dos berros que o Alemão dava quando ele era rádio-escuta. Ou quando ele "enquadrou" as até então tímidas estagiárias Alessandra Mello e Paula Coutinho e as fez dar o boletim ao vivo no microfone do estúdio. Ou quando ele travava discussões homéricas com o João Garcia, quando produzia o programa do Bola Cheia. E o Luciano discutindo futebol?

E quem não deu risada ao escutar o Luciano contar suas histórias? Entre as clássicas, estava a de quando ele trancou o tênis na escada rolante do Iguatemi e a direção do shopping teve que interditar o equipamento pra tirar o calçado trancado do Alemão. Ou o assalto que sofreu de dois pivetes que lhe tiraram os tênis em plena rua, à luz do dia, e ele teve que voltar pra casa só de meias?

E quando o Luciano viajou para morar no Ceará, enviava e-mails no melhor estilo "As Aventuras de Bauermann em crise no Nordeste". Eu me mijava de tanto rir quando ele descrevia os mosquitos que o picavam de noite:

"Pô, Brisa. Eram mosquitos marrons com as perninhas pintadas de branco. Nunca vi isso aí no Sul. Será que são da dengue?"

Pô, véio. Que sacanagem tu ter ido, assim, cara, sem pedir permissão pros teus amigos. Nós vamos sentir tua falta, seu cretino. A única coisa que dá pra dizer neste momento é...

VALEU, ALEMÃO!

sábado, setembro 09, 2006

Bah, tchê...mas que barbaridade!

Nossa. Já entramos em setembro. Estamos a pouco mais de três meses para acabar o ano. O que irá acontecer até lá?

Vamos aguardar os acontecimentos...